Síndrome de Wernicke-Korsakoff: tudo que você precisa saber!
Síndrome que associa disfunções vitamínicas e alcoolismo. Descubra neste artigo tudo que você precisa saber sobre a síndrome de Wernicke-Korsakoff!
A síndrome de Wernicke-Korsakoff é uma neuropatia associada a falta de tiamina (vitamina B1) no corpo relacionada ao alcoolismo, depressão e má alimentação. Também pode ser chamada de doença de Wernicke, encefalopatia alcoólica, psicose Korsakoff, entre outros.
Considerada uma forma anormal de amnésia, a doença causa uma confusão mental aguda. A síndrome de Wernicke-Korsakoff costuma afetar a memória recente de forma mais grave, deixando as memórias a longo prazo mais conservadas. Porém, também pode afetar a memória a longo prazo de forma mais grave.
Pessoas com a síndrome tendem a confabular para esconder a amnésia. É comum tentarem tapar os buracos da memória com mentiras e invenções para não admitirem que esqueceram parte de sua história.
Possíveis causas da síndrome de Wernicke-Korsakoff
- Deficiência nutricional;
- Encefalite herpética;
- Pessoas que passaram pela cirurgia bariátrica;
- Má absorção da vitamina B1 (presente em pessoas alcóolicas);
- Portadores de doenças sistêmicas crônicas;
- Portadores de AIDS e tuberculose.
Principais sintomas da síndrome de Wernicke-Korsakoff
- Tremores;
- Alucinações;
- Perda gradativa de coordenação motora;
- Perda gradativa de força muscular;
- Confusão mental;
- Amnésia retrógrada ou anterógrada;
- Alterações na visão como visão dupla, nistagmo e queda da pálpebra.
Possíveis complicações
Em casos de amnésia retrógrada é comum o paciente esquecer dos seus gostos alimentares, pessoas importantes ou esquecer que os filhos cresceram por exemplo.
Em casos mais graves da síndrome a pessoa desenvolve a amnésia anterógrada, que afeta diretamente a memória a curto prazo. Nessas situações, a pessoa não é mais capaz de criar novas memória a partir da doença.
Na tentativa de recuperar sua história de vida e preencher lacunas na memória, é normal a pessoa inventar, com base no que se lembra, histórias e situações que “passou”.
Quem desenvolve a síndrome costuma ter complicações de localização e do espaço que ocupa. Também pode ser o caso de desorientação em relação ao tempo, perdendo noção dos dias da semana, meses e anos.
É comum que ao passar do tempo, as dificuldades na atividade mental mudem para demência e um quadro de coma.
É importante lembrar que na grande maioria dos casos a pessoa perde a total noção de sua condição médica. Por isso é preciso paciência para explicar e responder as dúvidas da pessoa sobre a sua condição.
Como é feito diagnóstico?
O diagnóstico da doença deve ser feito por um grupo médico composto por neurologista, clínico geral, endocrinologista, fisioterapeuta e psicólogos. As especialidades em conjunto podem realizar os exames necessários e manter o paciente saudável para ter uma melhor qualidade de vida.
De difícil diagnóstico, podem se passar meses até os médicos conseguirem fechar um quadro de sintomas e causas. Atualmente estima-se que a síndrome de Wernicke-Korsakoff é diagnosticada em apenas 20% dos casos.
Estudos de necrópsia afirmam que somente no Brasil, a síndrome afeta 2,2% da população. A média mundial é considerada entre 0,8% a 3% como normal. Se considerarmos apenas a população indigente e em situação de rua, o número sobe para 24% de presença neste grupo. Se considerarmos pacientes psiquiátricos internados o número fica em 15%.
Normalmente os exames pedidos para fechar o quadro são exames de sangue que medem a glicose, eletrólitos no sangue e contagem de glóbulos vermelhos. Devem ser feitos também exames de imagem para descartar outras causas dos sintomas e testes de função hepática pelo mesmo motivo.
Nos exames de sangue é possível medir o nível de tiamina, que é o maior indicativo da síndrome no paciente.
Tratamentos indicados para síndrome de Wernicke-Korsakoff
Como a síndrome não tem cura, o tratamento consiste em contornar os sintomas e oferecer uma melhor qualidade de vida ao paciente. Médicos recomendam o uso de tiamina via oral para reduzir a gravidade e evitar complicações.
É recomendado o acompanhamento próximo com o grupo médico para evitar limitações musculares que impeçam a independência do paciente. Mudanças na alimentação devem ser feitas para suprir as perdas vitamínicas.
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