Síndrome de Zollinger-Ellison: tudo que você precisa saber!
Entenda neste artigo o que é a síndrome de Zollinger-Ellison, suas causas, principais sintomas, diagnóstico, tratamentos e as especialidades responsáveis!
Conhecida também como hipergastrinemia secundária, a síndrome de Zollinger-Ellison é uma doença grave e rara. O excesso de ácido produzido pelo estômago nesta condição, é causado por tumores no duodeno e no pâncreas. Causando úlceras pépticas e diversas consequências a saúde do paciente.
Descoberta em 1955, a Síndrome tem esse nome pelos médicos que a descreveram pela primeira vez, Robert Zollinger e Edwin Ellison.
Com maior predominância em homens de meia idade, entre 30 e 50 anos. A síndrome também pode ocorrer em mulheres. Visto sua totalidade, estima-se que 60% dos casos afetam os homens e 40% afetam mulheres da mesma idade.
Causas da síndrome de Zollinger-Ellison
Apesar de ter seu motivo ainda desconhecido pela medicina, existem diversas possíveis causas avaliadas pelos estudiosos. Estas são:
- Portadores de neoplasia endócrina múltipla;
- Hereditariedade;
- Portadores de gastrinomas no pâncreas;
- Portadores de úlceras gástricas ou duodenais.
Existem também casos que podem ser considerados esporádicos, quando os sintomas da síndrome desaparecem com o tratamento.
Principais sintomas
- Dor abdominal;
- Queimação abdominal;
- Refluxo gastroesofágico;
- Perda de peso;
- Alterações no apetite;
- Azia;
- Enjoo;
- Vômitos com sangue;
- Diarréia;
- Hemorragias digestivas.
Como é feito o diagnóstico?
O médico responsável deve investigar pacientes já diagnosticados com úlcera pois em alguns casos podem evoluir para a síndrome, esses são os casos:
- Úlceras que não obtém melhora com o tratamento tradicional;
- Presença de muitas úlceras diagnosticadas;
- Retorno da úlcera mesmo após cirurgia;
- Histórico familiar da síndrome ou de úlceras pépticas;
- Úlceras sempre acompanhadas de diarréias frequentes;
- Úlceras sempre acompanhadas de disfunções na tireóide.
Feito com base em uma bateria de exames clínicos, o diagnóstico da síndrome deve começar pelos exames de sangue que avaliam os níveis do hormônio gastrina, que estimula a produção de ácido gástrico no estômago.
Passada a primeira fase, deve ser realizada uma endoscopia que poderá visualizar possíveis úlceras gastroduodenais. Somente assim será feita a biópsia das úlceras para descobrir se existem tumores produzindo gastrina.
Após a comprovação de que realmente existe um tumor que produz o hormônio, exames de imagem como ultrassonografia, tomografia computadorizada, cintilografia e ressonância magnética devem ser feitos. Somente com esses exames a localização do tumor pode ser descoberta.
Tratamentos disponíveis
Os tratamentos da condição tem como objetivo atingir os tumores que produzem a gastrina de forma a melhorar a qualidade de vida do paciente e seu bem estar.
Cirurgia
Se existe apenas um tumor que produz o hormônio, a melhor solução é a cirurgia para sua retirada.
Quimioterapia
Em casos que existem diversos tumores, a retirada cirúrgica não é aconselhada. Em situações como esta, o crescimento do tumor deve ser controlado com terapias antitumorais, como quimioterapia e radioterapia.
Medicação
A medicação utilizada nesses casos é antiácida, que reduzem os efeitos da bomba de prótons. Também podem ser usados receptores de H2 ou antihistamínicos. Os remédios aliviam os sintomas mas não tem como resultado a cura das úlceras e nem dos tumores produtores de secreção gástrica.
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